Para além de pinhas e outros tesouros que encontro e lá enfio (uma bolota e duas pedrinhas), pelo bolso roto do casaco preto caem canetas, lápis, isqueiros, grampos, elásticos de cabelo, moedas, batons. Enquanto caminho sinto o peso do lixo que se acumula no forro do casaco e escuto o tilintar abafado das moedas. E é tudo. É sobre o nada que gosto e sei escrever.