Estou com um buço espectacularmente escuro e grande, não tarda nada terei uma bigodaça farta e revirada, onde pingos glutinosos de caldo verde
poderão secar como estalactites. Voltei a roer as unhas até ao sabugo, ando com
as polpas dos dedos inchadas e cheias de feridas. Tenho um molar estragado que,
deixando um sabor fétido na boca, larga uma halitose potente. Cortei o cabelo
tão curto, já o não consigo apanhar. Os meus pés, por causa das sabrinas
baratas que uso sem meias, cheiram a chulé e os meus sovacos, apesar do
desodorizante, não aguentam até ao final do dia sem libertar um cheiro recozido
de suor. Como os primeiros dias de sol, o meu melasma, apesar da furiosa aplicação de cremes despigmentantes, nota-se cada vez mais e, por causa do
mioma, este mês, o meu fluxo menstrual voltou a ser diluvioso e inconveniente:
largo golfadas de mênstruo coagulado, mas de um vermelho intenso, muito bonito.