Vou feliz, o meu coração bate acelerado. Sei que o João não está no fim do caminho perfumado, nem está, como sempre o imaginei, sentado a uma mesa do Longuinhos, provando um prato de kishmor, não está sequer na Índia, está no outro lado do mundo, deitado com uma mulher jovem, uma mulher sem passado, sem prole, uma mulher que lhe dará dois filhos e o tratará até ser velho por “amor”. No entanto, é para ele que caminho e isso faz-me sentir viva, dolorosamente feliz.
(Sonho frequentemente com o homem que amo. Às vezes, como ontem, sonho com a sua ausência e é bom na mesma.)