Encontrei o Manuel da Silva Ramos na Avenida Marquês de Tomar. Perguntou-me se continuava a escrever. Disse-lhe que não e desculpei-me com os filhos, o trabalho até tarde. Falámos sobre o frio de Trancoso, sobre o lançamento do livro do Tiago e sobre os livros do escritor egípcio. Despediu-se pouco depois com a desculpa de ter de ir escrever o próximo capítulo do último livro. Fiquei a ver o escritor desaparecer na Avenida Marquês de Tomar. À medida que caminhava, distanciando-se, tive a sensação de que era a própria literatura quem de mim fugia.