2007/03/28

Comité

Há quem se tenha por intelectual. Eu preferia ser trolha a ser intelectual. Desprezo pro-fun-da-men-te os intelectuais. Gostava, isso sim, de trabalhar com as mãos. Como diz o poeta, com as mãos tudo se faz e se desfaz. Não são de pedras as nossas casas, mas de mãos. Há, todavia, quem dê importância aos intelectuais. Veja-se o exemplo do Comité do PCP. Para além de operários metalúrgicos e engenheiros técnicos de produção animal, está carregado de intelectuais. É verdade. Contei-os. Alguns têm apenas trinta e poucos anos. Não é para qualquer partido. Mas nem todos os intelectuais do Comité do PCP são assim, novinhos e quase imberbes. Também os há maduros. O Vítor Dias que eu - imagine-se até onde pode ir a ignorância - julgava funcionário do partido, também é um intelectual. Na lista, logo a seguir, vem um tal de Vítor Manuel Batista, caldeireiro.