Adelaide estacionou o carro em Avintes. Tirou o menino do carro. Despiu-lhe a bata aos quadradinhos azuis e deu-lhe de comer. Um pacotinho de leite com chocolate e um pastel de nata. Disse-lhe assim: Vamos ver o rio. É bonito antes de anoitecer. Caminharam de mãos dadas durante uns minutos por uma vereda de terra batida. O menino cantarolou a canção de um anúncio da televisão. O rio apareceu-lhes de repente. Ficaram parados a olhar o casario da outra margem. Escutaram o suspiro breve do dia que terminava. Quando a noite chegou, Adelaide agarrou-se ao filho e atirou-se ao Douro.
(não me sai da cabeça a mulher que se atirou ao rio com o filho.)
(não me sai da cabeça a mulher que se atirou ao rio com o filho.)