Sou Ana de cabo a tenente/
Sou Ana de toda patente, das Índias/
Sou Ana do oriente, ocidente, acidente, gelada/
Sou Ana, obrigada/
Até amanhã, sou Ana/
Do cabo, do raso, do rabo, dos ratos/
Sou Ana de Amsterdam.
2012/03/30
Branca de Neve
(Escrevo no silêncio da noite, dorme o apartamento, ouço-lhe a respiração, é um organismo vivo. Irene é velha como eu começo a ser. Descobri, hoje, dois pintelhos iracundos, brancos, branquinhos como a neve. Envelheço.)