2008/01/10

Sarkozy

O presidente francês entende que, no que toca à imigração, há que favorecer a imigração do trabalho em detrimento da imigração familiar. A igualdade, argumentou, não é dar a cada um a mesma coisa, mas dar a cada um segundo as suas dificuldades, as suas limitações e a sua história. O imigrante é, pois, para o presidente francês, um autómato, uma peça de engrenagem, um escravo que se aceite, exclusivamente, na medida em que preenche as necessidades de trabalho da grande França. O imigrante não é visto como um homem. As suas necessidades de afecto são irrelevantes. É uma visão inacreditavelmente monstruosa. Inaceitável. Ficamos a saber que para o presidente Sarkozy, que veio esta semana anunciar-se, em jeito de messias pateta, arauto de uma política de civilização, que pretende humanizar a sociedade, há homens de primeira e homens de segunda. Espero que quando estiver em cima da Carla Bruni, comendo-a com satisfação e vaidade, um raio lhe fulmine a pila, lhe decepe vários membros e lhe deixe a carranca num estado de monstruosa feiura.