Estou em época de contenção. Poupo palavras. Fervilha o mundo e eu calo-me. Não escreverei sobre a insuportável Mísia, nem sobre o JP Simões (suspiro profundo), nem sobre o não sei quantos tiger man, nem sobre os quiosques da Catarina Portas, nem sobre a cimeira de Genebra, nem sobre as eleições na Índia e na África do Sul, nem sobre a Ilda, o Miguel, o Paulo, o Nuno e o Vital, nem sobre o Jardim Constantino, nem sobre a rua Pascoal de Melo, nem sobre o cheiro dos jardins de buxo e das petúnias floridas, nem sequer sobre o arquitecto desconhecido, Álvaro, que chega para a semana. Nos próximos dias, aviso os estimados leitores, as minhas palavras serão escassas. Evitam por cá passar. Nesta baiuca reinará o silêncio e o vazio. Tudo por causa de um tal Mr. Biswas que requer todas as minhas atenções.
(Explicaram-me um dia, já não sei quem, que ler é mais importante do que escrever. É bem verdade. Perco demasiado tempo a escrever tolices aqui.)