2008/03/05

Pacheco Pereira

O Pacheco Pereira foi director do Público por um dia. Tenho um fraquinho pelo Pacheco Pereira há muitos anos. Gosto da inteligência e da frontalidade com que escreve e fala. Gosto sobretudo do uso que faz da liberdade. Há poucos homens livres. Gosto também de certa arrogância, do modo como encolhe os ombros e sorri quando o Jorge Coelho, sibilando as palavras, justifica cada gesto, cada política, cada opção, cada traque que o primeiro-ministro dá. Gosto do Pacheco Pereira mesmo quando discordo dele. E gosto da barba, do cabelo revolto, da gargalhada certeira, da pancinha, do olhar irrequieto. Se eu não fosse uma mulher de respeito, casada e mãe de dois filhos, atirava-me aos pés dele e jurava-lhe amor eterno.