2007/06/20

Granada

Pela manhã, aconteceu-me uma coisa estranha. Não sei se por causa da posição em que estava sentada, inclinada sobre o teclado, com o torso levemente torcido para espreitar o homem da grua, senti o bater do meu coração. Um bater acelerado, como é próprio dos corações, mas mais intenso e doloroso. Parecia que alguém me batia com um martelo no peito. Fiquei quieta, imobilizada, a ouvi-lo. Foi então que percebi que o meu coração tem a forma de uma granada. A qualquer momento pode explodir.