Marisa entrava no banco, picava o ponto, abria o computador e ia tomar o pequeno-almoço ao snack-bar do centro comercial. O pedido era sempre igual. Um galão morno e um bolo que escolhia na altura, de acordo com o humor e o apetite. Se acordava com desejo, o corpo quente, a vulva levemente inchada, pedia um jesuíta. Se a noite fora de insónia, os olhos postos nas horas do despertador, pedia um mil-folhas. Se acordava murcha, tristonha, como lhe acontecia tantas vezes, o amanhecer tão desgraçadinho visto do apartamento da Bobadela, pedia uma bola de berlim recheada. Era um consolo, um regalo, uma satisfação.
(o resto, querendo, podem ler aqui.)
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