Depois de deitar os miúdos, depois de beber um iogurte e de enfiar uma fatia de fiambre pelas goelas abaixo, que o jantar se esquece quase sempre no meio das rotinas domésticas, depois de ir de quarto em quarto - ler uma, duas, três histórias ao mais pequeno, aconchegar a roupa à do meio, levantar o lençol ao mais velho para ver o que anda a fazer com as mãos - depois de fumar um cigarro no estendal e beber um copinho de licor, quando o dia está prestes a terminar e o apartamento finalmente sossega, sento-me em frente da televisão. O bem que esta família me faz é inimaginável. Esqueço as misérias do país e as minhas: a queda persistente e crónica de cabelo, o carro espatifado no portão da garagem. E tenho um fraquinho pelo Phil. Sempre gostei de imbecis.