Quando voltou da escola encontrou a casa comida pelo fogo. Havia uma multidão à porta que se calou quando a viu chegar, mochila às costas, lambendo um calipo de morango. A multidão ficou a olhá-la enquanto caminhava. Uma velha interrompeu o silêncio e o vazio. Agarrou-se a ela a chorar. Ai que desgraça, Luzia, que estás sozinha no mundo!, soluçava a mulher. Aquela sina, de total solidão, tomou-a a sério. A seguir, mostraram-lhe os corpos carbonizados dos pais.