2009/07/01

Cidades

Isto não tem que se fazer forçosamente com o TGV, ou apenas com ele. As cidades, se forem interessantes, atrairão gente. Por isso, repito, a prioridade deveria ir para a recuperação urbana, para os transportes públicos de proximidade e para as indústrias criativas e culturais.”, foi o que o Rui Tavares escreveu hoje, no Público, a propósito de qualquer coisa. Não sei o que são ao certo as indústrias criativas e culturais. Tenho uma vaga ideia. A sugestão de se apostar (com os dinheiros públicos, claro está!) nas tais indústrias culturais e criativas é tão tenebrosa que prefiro não a comentar. Respiro, porém, de alívio por, no momento de desenhar a cruzinha, o meu lado direito ter sovado com fúria o meu lado esquerdo. Deixou-o, ao meu lado esquerdo, de rastos, tortinho, cambaleando de lá para cá, cuspindo perdigotos, dentes e gotas escuras de sangue. Impediu-me, assim, de votar no BE nas últimas eleições e contribuir para a eleição do Rui Tavares. Só tenho a agradecer-lhe. Não o faço, porém. O meu lado direito é um bocado arrogante. Não se lhe pode dar grandes confianças.