2006/12/27

Marsiglia

A Mila foi a Veneza e trouxe-me um sabonete de marselha. Melhor, um sabonne de marsiglia, que é o que se lê na etrusca embalagem. Ri-me. Ela também se riu ao perceber que eu, apesar de não muito esperta, captara o sentido daquele presente. É que o Manuel da Silva Ramos, no seu último livro, um manicómio de palavras que ambas lemos, confessa lavar vigorosamente o seu pénis com sabão de marselha (ele, um descaradão, chama-lhe mesmo caralho, eu é que não lhe chamo assim, por ser donzela casta, delicada, contida, incapaz de utilizar tal palavra.)