2007/11/13

Pingue-Pongue

O Rui Tavares, por muito que tente disfarçar, tem simpatia pelo actual regime venezuelano. O anti-americanismo boçal que o presidente derrama nas suas arengas radiofónicas, nos seus discursos inflamados, suscita-lhe simpatia. Daí que consiga fazer o impossível: meter no mesmo saco o rei espanhol e o presidente venezuelano. Convenhamos, não é tarefa fácil. Para aligeirar o que se passa na Venezuela, o Rui Tavares, volta e meia, invoca a legitimidade democrática do presidente Hugo Chavez. É certo que o esférico venezuelano foi eleito em sucessivas eleições cuja credibilidade não se discute. Porém, o facto de uma pessoa ser eleita democraticamente não faz dela democrata. A democracia, ao contrário do que se imagina, não se esgota, nem se cumpre, no acto eleitoral.