Ao almoço uma amiga disse, com propriedade e alguma presunção também, não ter gostado do último livro da Agustina Bessa Luís. Discordei e perguntei-lhe porquê. Explicou que, na opinião dela, a escrita da Agustina se tornara “demasiado feminina e literária”. Anui. Em silêncio, continuei a mastigar rodelas translúcidas de cebola frita e pedaços de carne de porco mergulhados num molho de natas enjoativo. Mudámos de assunto. Ainda não percebi o que ela quis dizer.