2007/03/20

Sangue

Confessou o meu pai que a Maria Aurora Couto, amiga de um dos homens que encontrei no crepúsculo de Curtorim, lê, ou leu, este caderno. Imaginar que uma mulher como ela - bonita, serena, inteligente, lúcida – lê as asneiras que aqui escrevo deixou-me à beira de um ataque de nervos. Até tomei um victan para sossegar. E bebi uma cerveja. Que vergonha. Tanta maledicência, tanta inveja, tanto palavrão para aqui derramado. Refreio-me, por isso. Uma chatice. Logo hoje que estou com a menstruação e queria escrever sobre a cor do sangue que o meu corpo expulsa.