2008/04/23

Brutal

A Ana Lourenço entrevistou ontem o Paulo Teixeira Pinto. Falaram do BCP, do PSD e da editora Guimarães. Sempre num tom monocórdico, de cansativa serenidade, o Paulo Teixeira Pinto assegurou a excelência dos critérios literários da editora, confessou que lia, com frequência, entre outros, o Boris Vian e o Saint Exupéry e sossegou-nos: explicou que não seria um dos autores publicados pela Guimarães. Fiquei pasmada com tanta franqueza. Até o miúdo saracoteou dentro de mim. A avaliar pelos poemas que li no Bibliotecário de Babel, o Paulo Teixeira Pinto é um poeta miserável, medíocre mesmo. Há palavras que se devem usar com parcimónia. Brutal é uma delas. Porém, independentemente dos dotes literários do dono, é bom saber que a Guimarães, ao contrário da maior parte das editoras, não cederá aos ditames da procura massificada dos livros merdosos.