2009/09/06

Alentejo

Estive, pelo meio do mês Agosto, dois dias no Algarve. Depois fugi. Odeio o Algarve. Até tive vómitos. Ainda pensei que viesse aí o quarto filho. Gostava de ter outro filho. Contigo que me deste os outros. Os filhos são uma desculpa tão boa para o resto. Principalmente para aquilo que se deixa de fazer. Adiante com o andor. Como dizia, não há nada que se aproveite no Algarve. Nem a alfarroba. Nem o mar. Nem a proximidade com África, que mal se nota, tantos são os bifes e as bifas. Só sosseguei quando voltei à planície e ao mar de São Torpes com a central eléctrica, gigante e feia, espreitando atrás e, na minha cabeça, a lembrança da prostituta anã que, noutros verões, costumava, esperar na rotunda os clientes que a levavam para o meio dos pinhais. O Alentejo põe o Algarve a um canto. No Algarve não há prostitutas anãs. Com excepção da minha querida Maria Emília e respectiva família, só os parolos vão para o Algarve.