2010/02/04

Isabela

Há dias, a mana aconselhou-me o blogue da Isabela Figueiredo. Carreguei o cenho e, com petulância, expliquei-lhe que não lia blogues. Depois, no dia a seguir, parecia provocação, enquanto esperava a hora de saída da minha filha, escutei a entrevista que a autora do tal blogue dava ao Carlos Vaz Marques. A sua voz entrou-me pelo corpo todo. Escutei-a falar de um país e de um tempo que ainda foi meu. O colonialismo era o meu pai, explicava ela. Não vou ler o blogue da Isabela Figeuiredo, que uma mulher deve manter-se fiel às suas manias e idiossincrasias, mas vou ler, sei-o, com sofreguidão, o livro que escreveu.