(Esqueço sempre os teus erros; os meus ficam cá dentro, espinhos enterrados na carne. As noites em Deli, sentados na cama, tu, como se fosses um miúdo pequeno, a contar a história da tua vida, os nossos terrenos de Dicarpale, tão bonitos, sobre a várzea abandonada, a viagem pelo Rajastão com o motorista dos Himalaias que cuspia escarros vermelhos de supari, a ladainha escutada na capelinha perto dos campos onde levavas os búfalos a pastar, as tuas conversas com Vixnu, o mandukar hindu desdentado, as masalas dosas que me trouxeste para jantar nos dias em que fiquei a escrever, o abraço longo depois da primeira discussão. Amo-te.)