Aquele gentinha, as pretas, cantam bem, não cantam? gorgolejou uma mulher muito gorda, tilintando pulseiras e braceletes, aconchegando os foles de carne à cinta tubular, anafada como um peru de Natal. Referia-se ao coro que acompanhara a missa das sete. O João largou a minha mão, soprou na venta e revirou os olhos. Por instantes temi que sovasse, ali na saída da igreja, a mulher-peru. Ela soltaria glus aflitos. Penas pardacentas esvoaçariam pelo templo. Um odor de tripas inundaria as escadarias e colar-se-ia ao corpo do sacerdote e dos acólitos. Acabaria a mulher-peru depenada, aos pés da imagem Nossa Senhora de Fátima, boazinha, mas tão feiinha.
(Tenho tanto orgulho no meu filho.)
(Tenho tanto orgulho no meu filho.)