"Bom, hei-de procurar o amigo do Beuscher, e na Páscoa conto fazer uma visita ao Clarabuts. Posso-lhes oferecer juventude, entusiasmo e amor para compensar as minhas ignorâncias. Sinto-me tão estúpida: se o fosse, no entanto, não me contentaria com alguns homens que conheci? Ou será por estupidez que não me contento? Não me parece. Anseio tanto por alguém que varra de vez o Richard; acho que mereço, sim, mereço, um amor ardente com que me seja possível viver. Meu Deus, como eu adorava cozinhar, e arranjar uma casa, e instilar força nos sonhos de um homem, e escrever – um homem que soubesse conversar, caminhar, trabalhar e desejar com paixão levar por diante a sua carreira. É-me insuportável pensar que este potencial de amor e dádiva vá acabar por secar e murchar dentro de mim." Assim escreveu Sylvia Plath no seu caderno de apontamentos. Compreendo-a bem: um homem que saiba conversar e caminhar é difícil de encontrar. Talvez seja mais fácil encontrar uma mulher.