2006/12/11

Fidel

Espero que quando o Fidel morrer, os que agora celebram a morte do Pinochet, e têm todo o direito a fazê-lo, saibam celebrar com igual entusiasmo a morte do cubano. O moribundo camarada, apesar da admiração senil e bolorenta que suscita em muitos, não lhe fica atrás. Aliás, desconfio que o ultrapassa. Admitamos, ao contrário do Pinochet, que, pelo menos, acabou por se submeter à vontade do seu povo entregando o poder a um presidente eleito, o Fidel jamais o fará. Mas, enfim, há ditadores e ditadores. E os ditadores de direita, a “malta” abomina. Já os ditadores de esquerda, a “malta” fecha os olhos e diz tal e coisa e a culpa é da América. Credo. Há tantos imbecis no mundo. Demasiados. Citando o meu sábio pai (cujas sovas nunca foram capazes de soterrar o amor que lhe tenho), deviam de ser todos fuzilados.