2006/12/06

Sim...

Agora há para aí uns blogs que têm umas coisas amarelas que piscam e dizem “Este blog vota sim”. Estão a falar do referendo de dia 11 de Fevereiro, já se está mesmo a ver. Nesta, como em outras matérias, não percebo aqueles que têm uma posição inabalável. Não compreendo, nem aceito, as senhoritas que se põem de barriga flácida à mostra a dizer aqui mando eu (mandam no quê?!) como se a possibilidade de abortar lhes conferisse algum tipo de dignidade ou valor. Assim como me agoniam as tias de madeixas loiras que, nasalando, dizem que o que é preciso é investir na educação das mulheres e no planeamento familiar. A gente olha para elas e está mesmo a vê-las a distribuir preservativos às ciganas da Quinta do Mocho e a ensinar as cabo-verdianas da Cova da Moura a tomar a pílula todos os dias. É um discurso demagógico. As políticas de planeamento familiar, por mais eficazes que sejam, não excluem gravidezes não desejadas. Confesso, a mim, é-me muito difícil tomar uma decisão nesta matéria. No anterior referendo votei não. Estava grávida do João e acho que essa gravidez, a primeira, especial ao ponto de me fazer renascer, condicionou o meu voto. Desta vez votarei sim.