2006/10/30

Ode à Bicha Solitária (3)

Não valerá a pena vos explicar
Que foi paixão à primeira vista.
A Lénia mandou a solidão às ortigas
E correu que nem terrorista-bombista.

Pela braguilha do garboso guarda entrou.
Roçou-lhe os colhões que eram jeitosos
Por fim, lá encontrou o buraquinho do cu
E encontrou os intestinos mal cheirosos.

Era uma casinha muito mais modesta,
Nem sinal das iguarias do imperial intestino,
Não havia restos de sushi nem de sashimi.
Só sopinhas de miso, pão duro e pepino.

Uma casinha modesta, pois então,
mas tão linda, mal cheirosa e catita,
Que a ténia Lénia gritou esganiçada
“Não há no mundo mais feliz parasita!”

Contam que o tal guarda imperial
Quando sente a ténia Lénia mexendo
Suspira e impa em êxtase profundo
Pensa estar, com uma gueixa, fodendo.

Vitória, vitória, acabou-se a história!

(Minha doce Ténia, tantos anos volvidos, peço desculpas por te ter mandado para o caralho - coisa feia, não se faz !- oferecendo-te em homenagem estas singelas palavras.)