2007/09/07

Kacsinsky

Os irmãos Kacsinsky são sinistros. A gente olha para eles e imagina-os assassinos impiedosos, de cutelo nas mãos, esventrando corpos de rapazes jovens, de nádegas firmes. Ou então, vestidos de cabedal e pregos, sendo vergastados por uma dominadora de saltos altos e vagina pelada. Uma coisa é certa. Os gémeos polacos são homens complexados, de falos minúsculos. Só assim se compreende as questiúnculas que, de forma sistemática, têm levantado na União Europeia, e que funcionam como entrave à pretendida consolidação europeia. Agora, imagine-se, tiveram a ousadia de se opor à proposta de instituir simbolicamente um dia europeu contra a pena de morte. Os dias europeus valem o que valem. Nada. Mas, caramba, há um dia europeu dos vizinhos e um dia europeu para uma Internet segura. Porque não há-de haver um dia europeu contra a pena de morte? Eu acho que os gémeos polacos gostam de brincar ao faz de conta. Faz de conta que somos importantes. Alguém devia dar-lhes um valente pontapé no rabo e recambiá-los para a aldeia onde nasceram.

(E, depois, há quem tenha medo, medinho, da entrada da Turquia na União Europeia. Como se os países que cá estão fossem todos modelos de virtude democrata.)